
A árvore abre a temporada. É nela que a casa acende suas primeiras intenções: o brilho de uma luz, a textura de um enfeite, a paleta que se repete discretamente nos pequenos detalhes. Ela dita o clima e antecipa a linguagem visual que vai atravessar todos os ambientes. E à medida que dezembro avança, esse mesmo espírito migra silenciosamente para outro espaço: aquele onde tudo se encontra. Porque, no fim, é a mesa que reúne.
É na mesa posta que a decoração deixa de ser apenas estética. Ali, entre louças, texturas, escolhas pessoais e tradições afetivas, nasce o cenário da ceia, as conversas, as risadas e a presença de quem importa.
Entre o clássico e o moderno: o que define as cores do Natal
A tradição nunca perde espaço. O verde, cor da árvore e memória de inúmeras celebrações, permanece sendo uma das escolhas mais marcantes. Ele carrega familiaridade, aconchego e a essência do Natal clássico. O vermelho é o par inseparável, que completa o imaginário que conhecemos desde a infância.
Mas as casas mudaram, e com elas a mesa também. Tons dourados, prateados e off-white ganharam força com a estética contemporânea, que busca sofisticação sem perder leveza. Como explica Liriane Borella, gerente da Camicado no Nações Shopping, essas paletas são versáteis e elegantes: permitem usar a mesma base tanto no Natal quanto no Ano Novo, bastando trocar acessórios como sousplats ou guardanapos. É o luxo se adaptando às rotinas modernas.

A combinação de louças neutras com detalhes metalizados funciona especialmente bem em ambientes minimalistas ou mais atuais, em que o dourado traz um brilho sutil e o prata, um frescor mais frio e moderno.
Composição é liberdade e personalidade
Se existe uma regra para mesa posta é justamente a ausência delas. Segundo Liriane, cada mesa nasce de um estilo pessoal e de um contexto, e tentar seguir fórmulas prontas só limita a criatividade. O segredo é respeitar a própria essência. “Montar mesa é como escolher roupa. Se você olha só para uma peça, se restringe. Mas quando começa a combinar, tudo se expande.”
Essa liberdade abre espaço para misturar aparelhos de jantar diferentes, unir texturas, brincar com materiais naturais como madeira, corda e couro, ou até dispensar o sousplat e apostar em composições mais limpas com jogo americano ou toalhas neutras. Em mesas rústicas, por exemplo, os pratos de cerâmica ganham força e trazem calor visual. Já em ambientes mais modernos, louças lisas e taças translúcidas criam uma elegância despretensiosa.
Para quem está começando, a recomendação é simples: um aparelho de jantar branco. Ele é a base neutra que permite infinitas possibilidades. A partir dele, qualquer acessório – taças coloridas, argolas elaboradas, jogos americanos texturizados – transforma completamente o clima.

Até objetos inesperados podem assumir protagonismo. Uma guirlanda usada na porta pode virar centro de mesa, ou um Papai Noel decorativo pode estar ao lado das travessas. Pinha, vela, mini pinheiro… tudo pode compor, desde que carregue significado.
Tendências que conversam com o verão brasileiro
Além do tradicional, algumas tendências ganham destaque por refletirem o nosso clima tropical. Os bowls, por exemplo, inspirados na estética oriental, vêm substituindo o prato fundo e são usados tanto para caldos quanto para refeições leves da ceia.
As estampas também trazem influências externas: a linha Costa, inspirada na Indonésia, um dos lançamentos da Camicado, traz desenhos e cores que evocam verão, frescor e natureza – uma combinação que funciona perfeitamente com um Natal em clima quente como o nosso.
E assim como existem clientes maximalistas, que adoram composições ricas e cheias de detalhes, existem também os minimalistas, que preferem mesas discretas, limpas e com poucos elementos. Ambos os caminhos são válidos. “Cada pessoa tem um estilo, e isso precisa ser respeitado”, reforça Liriane.
Experiência maior que a mesa
Entre louças, taças, arranjos e combinações, é fácil se deixar levar pelo desejo de montar a “mesa perfeita”. Mas Liriane faz questão de lembrar algo que dita o espírito desta data: a mesa posta não precisa imitar tendências, seguir modas ou consumir além do que permite o orçamento. Ela precisa representar a casa e acolher quem chega.
Não há necessidade de criar algo que não converse com o estilo pessoal ou que gere estresse. E se a mesa é simples, minimalista, cheia, colorida, clássica, dourada, rústica ou totalmente autoral, não importa. O que importa é o encontro.
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